quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

INTRODUÇÃO



O retrato que fazemos da educação brasileira não é dos melhores. Temos consciência que algo urgente precisa ser feito, pois do contrário nosso país ver-se-á entregue às potências estrangeiras, numa dependência científica e tecnológica de difícil reversão.

Não tivemos a preocupação de escrever um livro didático, mesmo porque seria mais um entre muitas dezenas de outros já existentes. Também não nos situamos no contexto do modelo educacional do país e nem pretendemos introduzir um modelo anárquico. Deixamos de lado a “correção” exigida pelos parâmetros pedagógicos – também não acredito em pedagogos, pois vejo como discutível sua formação. Quem duvida disso basta visitar algumas das muitas faculdades de Pedagogia existentes e vai se surpreender com a qualidade da formação desses profissionais de ensino.

Resolvemos romper com a formalidade do ensino da Matemática, no momento que percebemos a dificuldade sempre crescente no processo ensino-aprendizagem. Os pedagogos, que fracassaram na escola quase que invariavelmente, estão aí a ditar regras e a impor modelos pedagógicos que não conhecem – a simples leitura e um estudo precário e superficial com base em fotocópias de alguns livros sugeridos pelos mestres são insuficientes. A formação do pedagogo está a exigir maior seriedade. Andam dizendo há algum tempo que as crianças não deviam saber de cor a tabuada – não só deve como precisa ir mais além: compreender a multiplicação como um fato. A Lei 5692/71, a conhecida Reforma do Ensino, que instituiu malandramente o “Conselho de Classe” que, teria sido útil se corretamente aplicado; mas, no entanto, tem servido desde então para mascarar a aprovação automática em todas as séries dos dois níveis de ensino. A partir daí em diante nosso ensino piorou significativamente, pois, nossos alunos têm sido “empurrados” série após série sem que se tenha qualquer preocupação com a qualidade e com o futuro profissional desses jovens que estão sendo enganados sistematicamente, e as autoridades certamente não perderam as verbas internacionais que seriam comprometidas com o baixo índice de aprovação de nossas escolas. E o pior aconteceu: nossos alunos já se acostumaram a não estudar e a assim mesmo serem promovidos de série sem nenhuma condição de acompanhar a seqüência de assuntos encadeados. As primeiras séries já comprometidas pela atuação desastrosa da professora das primeiras séries do Ensino Fundamental, agravam o segmento da formação do aluno: estão fadados a se tornarem debilóides. Hoje já temos “professores debilóides”, “engenheiros debilóides”, “médicos debilóides”, “advogados debilóides”, etc., uma completa geração de debilóides se instalou no país acentuando-se a dominação estrangeira, pois não é possível a existência de debilóides livres. A ordem dos advogados não demorará muito compreender a inutilidade dos exames de seleção para separar e rejeitar os debilóides ... coitados eles fazem parte da grande geração de enganados; mas com certeza são contados estatisticamente entre aqueles que conseguiram completar um curso superior.

Hoje se tornou necessário escrever um livro de Matemática para os jovens de nossas escolas públicas e privadas, como uma tentativa desesperada de livrar alguns da triste sina imposta pelos corruptos políticos que moldaram o modelo educacional gerador de debilóides.

3 comentários:

Professor João disse...

retratam q o ensino da matemática deve estar intimamente ligado a realidade do aluno, esta concepção distancia o seu ensino, na maioria das vezes, da visão q os conteúdos vigentes não possuem fundamentos científicos; base esta encontrada na física e química.
não sou contra a participação do aluno e a criação de uma identificação do mesmo com a disciplina( pois a disciplina está presente em sua vida, isto é inegável), mas vejo professores a procura de um meio termo entre cotidiano e ciência desestabelizando seus métodos, sem encontrar um horizonte as cegas...

Albino A. C. de Novaes disse...

Nem 8 nem 80.
Há os que pensam priorizar a "realidade do aluno" quando decidem o método a seguir nas práticas pedagógicas que pretendem colocar em ação, deixando de lado a instrumentalização para a ciência e tecnologia. Também não é de bom alvitre priorizar o lado voltado tão somente ao atendimento das atividades acadêmicas. Isto não significa ficar em cima do muro ou adotar uma pedagogia que não cuide bem nem de um lado nem do outro lado. Criaram a interdisciplinaridade e, o que vemos no Brasil, é o uso desastrado desta prática. Pensam que a composição de um enuciado, na formulação de algum problema, historiando alguns fatos de outras disciplinas bastam. Ledo engano. Segundo Ivani Fazenda (PUC - São Paulo), a interdisciplinaridade surgiu na França e na Itália em meados dos anos 60; contemplou uma reivindicação que marcou os movimentos estudantis realizados na mesma época: um ensino mais sintonizado com as grandes questões de ordem social, política e econômica naquele momento. Surgiu mais na base da pressão. Ainda de acordo com a professora Ivani, a interdisciplinaridade teria sido uma resposta a tal reivindicação, na medida em que os grandes problemas da época não poderiam ser resolvidos por uma única disciplina ou área do saber.
A interdisciplinaridade é ainda desconhecida da maioria dos professores brasileiros e muito pouco discutida a nível acadêmico. Não dispomos de um marco diagnóstico para, a partir daí, elaborar um marco referencial mais preciso. Desta forma ficamos ainda muito longe de ter um marco doutrinal, e efetivemente colocar em prática, de modo correto e eficaz tal prática. Tudo é feito de forma atabalhoada, sem qualquer articulação entre os educadores. Precisamos de vários laboratórios de pesquisas na área educacional, instalados em todas as regiões do brasil e de um esforço concentrado para traçar o caminho a percorrer.

Anônimo disse...

a materia de matematica é muito boa