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DÉBITO | MATS |
conversa/desatenção | -3 |
ausentar-se s/motivo | -2 |
tarefas não cumpridas | -5 |
esq. do material | -6 |
teste ou prova <5 | -10 |
trabalho atrasado | -15 |
trabalho não entregue | -15 |
CRITÉRIOS PARA A TROCA DE PONTOS: 1- Limite de Mats para a troca:: 70 2- Cotação da moeda Mats: 1 Mat vale 0,05 pontos Exemplo: caso você tenha 44 Mats, poderá trocá-los por 44 x 0,05 = 2,2 pontos para somar diretamente na média
Obs.: Durante as aulas você poderá ganhar alguns MATs. Também alguns descontos poderão ser feitos. Participe das aulas, entregue suas tarefas em dia, procure não faltar e não se ausentar da aula por nenhum motivo justificável.
domingo, 29 de abril de 2012
O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS USADAS NA MATEMÁTICA
TAREFA: compor um glossário com o significado matemático das principais palavras usadas comumente na MATEMÁTICA. Organize sua lista em ordem alfabética (não se exige rigor) para facilitar sua busca. Sempre que possível, construa figuras para uma melhor ilustração. Consulte periodicamente seu professor.
COLÉGIO: IELL - 6º ano | COLÉGIO: IELL - 7º ano |
DEFINIÇÃO CONCEITO PROPRIEDADE TEOREMA AXIOMA NÚMERO NUMERAL NÚMERO OPERAÇÕES ADIÇÃO SUBTRAÇÃO MULTIPLICAÇÃO DIVISÃO PRODUTO QUOCIENTE RESTO MULTIPLICADOR MULTIPLICANDO SOMA PARCELAS SUBTRAENDO MINUENDO ORDEM RELAÇÃO CRESCENTE DECRESCENTE NUMERAÇÃO DECIMAL POTENCIAÇÃO EXPOENTE BASE POTÊNCIA RAIZ EXPRESSÃO NUMÉRICA RACIONAL IRRACIONAL FRAÇÃO ORDINÁRIA FRAÇÃO ORDINÁRIA DÍZIMA FINITA DÍZIMA INFINITA FRAÇÃO GERATRIZ DÍZIMA PERIÓDICA DÍZIMA COMPOSTA IGUAL DIFERENTE MAIOR QUE MENOR QUE IGUAL DISTINTO CLASSE ALGARISMOS ROMANOS ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS ÁBACO SISTEMA DE NUMERAÇÃO BINÁRIO HEXADECIMAL NUMERADOR DENOMINADOR FRAÇÃO EQUIVALENTE FRAÇÃO APARENTE NÚMERO MISTO SINAIS GRÁFICOS SINAIS DE OPERAÇÃO METADE TERÇA PARTE DOBRO TRIPLO QUADRUPLO QUÍNTUPLO QUARTA PARTE QUINTA PARTE QUADRADO PERFEITO CUBO PERFEITO | EXPRESSÃO NUMÉRICA EXPRESSÃO LITERAL FRAÇÃO ORDINÁRIA NUMERAIS NATURAIS NUMERAIS INTEIROS NUMERAIS RACIONAIS NUMERAIS IRRACIONAIS NUMERAIS REAIS EXPRESSÕES EXPRESSÃO IRRACIONAL DÍZIMA FINITA DÍZIMA INFINITA FRAÇÃO GERATRIZ DÍZIMA PERIÓDICA DÍZIMA COMPOSTA IRRACIONAL PI RAÍZES EXATAS QUADRADOS PERFEITOS RAÍZES IRRACIONAIS COMPARAÇÃO RELAÇÃO DE ORDEM NÚMEROS PRIMOS NÚMEROS COMPOSTOS DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM MÁXIMO DIVISOR COMUM FRAÇÃO IRREDUTÍVEL SIMPLIFICAÇÃO NÚMEROS OPOSTOS NÚMEROS SIMÉTRICOS VALOR ABSOLUTO MÓDULO CONJUNTO DENSO CONJUNTO RESTRITO CONJUNTO VAZIO CONJUNTO UNITÁRIO PARTES DE UM CONJUNTO ELEMENTO NEUTRO FECHAMENTO COMUTATIVA ASSOCIATIVA DISTRIBUTIVA ELEMENTO INVERSO EXPRESSÃO LITERAL FÓRMULAS COEFICIENTE GRAU VALORES INCÓGNITAS PRONUMERAL VALOR NUMÉRICO CORRESPONDÊNCIA EQUIVALÊNCIA IMPLICAÇÃO QUANTIFICADORES FORMA GENÉRICA INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS UNIÃO DE CONJUNTOS PARTES DE UM CONJUNTO DIFERENÇA ENTRE CONJUNTOS RADICAIS ÍNDICES POTÊNCIAS INTEIROS NÃO POSITIVOS INTEIROS NÃO NEGATIVOS RACIONAIS POSITIVOS RACIONAIS NEGATIVOS NÚMEROS PARES NÚMEROS ÍMPARES |
domingo, 6 de janeiro de 2008
A Gênese do Número
O mais interessante é que todas as civilizações antigas, mesmo as mais isoladas, China, India, Mesopotâmia, Egito, algumas das quais ainda na Idade da Pedra quando começaram a ser estudadas há pouco mais de cem anos, em todos os continetes e em várias outras partes do mundo apresentaram o mesmo caminho na gênese do número: a contagem digital.
"... um número só é inteligível na medida em que permanece idêntico a si mesmo, seja qual for a disposição das unidades das quais é composto: é isso o que se chama de "invariância" do número (...) em qualquer lugar e sempre a conservação de alguma coisa é postulada pelo espírito, a título de condição necessária de qualquer inteligência matemática." (Piaget, 1971, p.24
domingo, 30 de dezembro de 2007
OS PROBLEMAS DO ENSINO DA MATEMÁTICA
O ensino de um modo geral vai muito mal. O Brasil consegue ser um dos piores países no ranking mundial da educação e a culpa tem caído quase sempre sobre os ombros dos professores. Os discursos medíocres dos pedagogos nas escolas, nas universidades e nas secretarias de educação (nos municípios, estados e órgãos federais) causam perplexidade e no mesmo momento demonstram a incapacidade na gestão da educação.
Ao entregar a educação fundamental, em seu primeiro cíclo, aos cuidados de educadores formados precariamente no ensino médio, comete-se um erro imperdoável. Justamente a fase escolar que exige a presença de especialistas, cuidadosamente preparados tanto no aspecto de domínio de conteúdo como também de técnicas pedagógicas, conhecimento de psicopedagogia e de fundamentos da educação básica. Nossa realidade educacional, invariavelmente, conta com as “tias” sem domínio de classe, escrevendo e falando erradamente, muitas delas odiando Matemática, imaturas, entregues às traças. Se os alicérces deixam muito a desejar, então o que esperar da segurança e estabilidade do edifício?
Costuma-se dizer que o insucesso do professor é equivalente ao insucesso do aluno, em parte é verdade. Para ser mais preciso, 25% da culpa cabe ao professor. Os outros 75% podem estar assim distribuídos: 25% da escola mal equipada priorizando interesses estatísticos e/ou financeiros, 25% aos pais dos alunos e 25% ao sistema de gestão. Por outro lado, cada item pode ter suas causas. Vejamos o caso do PROFESSOR: baixos salários (25%), despreparo (50%), e os 25% restantes, atribuímos à falta de condições e de material adequado para ensinar o que o aluno precisa. Quantificando a culpa da escola, encontramos: 25% correspondem à precariedade das salas de aulas (mobiliários, paredes pintadas inadequadamente, luminosidade deficiente, péssima ventilação, sem proteção térmica; 25% falta de equipamentos como computadores, projetores, videos, televisores, microscópios, maquinário de laboratório de ciências, etc.; 25% podem ser atribuídos à ausência de boas bibliotecas, salas de leitura, auditório, salas culturais, oficinas de artes, etc.; e os 25% restantes à gestão pedagógica da pior qualidade, com sua prática com seu modelo horroroso de “CONSELHO DE CLASSE”, cujo objetivo é “empurrar os alunos de uma série para outra” sem uma efetiva preocupação com a orientação das atividades escolares, tanto na parte que afeta o aluno como no que afeta os professores e pais de alunos – o que é discutido em conselho é tratado muito precariamente fora dele ou simplesmente deixa-se ficar como está. A cota de culpa correspondente aos pais dos alunos também é relevante considerar: 50% correspondem a fatores sócio-econômicos, tais como baixa renda, violência doméstica, desajustes familiares, brigas, etc.; 25% atribuímos à falta de limites na educação familiar; 25% devem-se à ignorância e a pouca importância dada à vida escolar do aluno. Dos 25% da gestão, destacamos: 50% , do pouco ou nenhum valor dado aos profissionais da educação, tanto no aspecto de habilitar profissionais bem preparados, como também na hora de decidir salários justos; os restantes 50% concentra-se na “mentira estatística” como meio de demonstrar eficiência junto a órgãos internacionais e à população com fins eleitoreiros. Graças a essa prática criminosa, temos os conselhos de classes que apenas servem para promover alunos (trata-se de uma aprovação automática colocada em uso, de forma disfarçada, desde 1971) e, mais recentemente, a fatídica decisão de se instituir o sistema de ciclos nas escolas do municío do Rio de Janeiro.
Um artigo publicado no CADERNO DE EDUCAÇÃO do jornal O Dia, no Rio de Janeiro, na terça-feira 2 de stembro de 1997 – “ A Cola é Crime Intelectual” nos chama a atenção para outra fraude educacional posta em prática há muito tempo. Sabemos que a cola sempre existiu, mas o problema é que hoje, ela corre livremente uma vez que poucos professores estão preocupados em dificultá-la. A desculpa quase sempre é a mesma: “Prefiro que meus alunos colem a ter que empurrá-los no Conselho de Classe depois de ter-lhe atribuído um conceito insuficiente.” Além de irresponsável, o professor está agindo criminosamente.
“Diz a máxima que “quem não cola, não sai da escola.” Para o professor de Teoria Literatura da UFRJ e ex-colador assumido, Gustavo Bernardo, quem cola, sai da escola, sim. Mas muito mais desonesto e trapaceiro. Gustavo é autor do livro “Cola, Sombra da Escola”, lançado pela universidade onde dá aula e pela Escola Parque, na Gávea.”
“Infelizmente, no Brasil, há uma cultura de se ‘dar bem’ em tudo, aquele velho jeitinho brasileiro. Na escola, não é diferente. O aluno brasileiro está acostumado a colar e nunca ser punido, porque o professor prefere fazer vista grossa. O que ele não percebe, porém, é que colar é UM CRIME INTELECTUAL, É O ROUBO DE UMA IDÉIA OU UM PENSAMENTO DE OUTRA PESSOA. Sem notar, ele fica viciado em pequenas desonestidades.”
“O hábito de colar estimula os indivíduos a cometer pequenos ou até grandes desonestidades em outras situações do dia a dia. Seja no trabalho, na convivência familiar ou no ambiente de amigos, cale tudo. O importante é levar vantagem.”
Diz um velho adágio popular: “o hábito faz um monge.”.
Mas essa cultura de desonestidade tem seus culpados. Segundo Gustavo Bernardo, a culpa cabe às próprias instituições de ensino. Inconscientemente, elas fornecem todos os elementos para que o aluno cole.“ Ao ser perguntado se os alunos tinham alguma culpa, ele respondeu: “Eles têm uma parcela pequena de culpa. Não conseguem ver que a pressão para que colem é um jogo e que são as maiores vítimas e os maiores prejudicados nessa história.”
Como resolver o problema da cola?
Existem defensores da cola, como o Prof. Vicente Martins, Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)de Sobral, Ceará, Brasil., que provavelmente foi um colador costumaz. Ele chega a defender um conjunto de direitos imprescrítiveis do colante assumido que, obviamente não vamos reproduzir aqui. Mas para resolver o problema da cola o professor Gustavo Bernardo tem uma solução que, se não é ideal, pelo menos satisfaz em alguns pontos: “O primeiro passo é transformar a cola em CONSULTA NECESSÁRIA. Todos os exames, testes e provas deveriam ser menores, com consulta e mais inteligentes. Ou seja, capazes de desafiar os estudantes a pensar. Mesmo as provas de multipla escolha deveriam exigir justificativa extensa da resposta escolhida.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
PROFESSOR: PROFISSÃO PERIGO
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
NATURALISMO PEDAGÓGICO
Não sei se existe de fato Naturalismo Pedagógico. Se não existe vai passar a existir depois de um bombardeio de críticas. O naturalismo filosófico é o que nos remete à unidade do homem com a natureza de um modo orgânico e harmônico, do ponto de vista da cultura grega e, séculos depois da Revolução Francesa; em contraposição aos dogmas escolásticos mantidos historicamente pela Igreja Católica. Trata-se de um naturalismo que se opõe à escola tradicional, falida em suas bases educacionais e como construtora de conhecimento, que toma por base os progressos alcançados pela Ciência, principalmente nos campos da Biologia e da psicologia, nos anos finais do século XX. Um naturalismo que se apresenta mais como um processo natural e histórico, respeitando-se as etapas de desenvolvimento mental, estrutural orgânico e psicológico, de cada indivíduo partícipe do processo de construção de conhecimento. A gênese do Naturalismo Pedagógico é encontrada em NATURPHILOSOPHIE nos moldes ARISTOTÉLICOS tendo desdobramento com o trabalho do crítico ROUSSEAU, no EMÍLIO em 1762, que defende a origem natural como base para a construção da EDUCAÇÃO.
Não tem sentido construir os sistemas de numeração sem que se tenha uma base concreta. O modelo abstrato se não tiver o “molde” original não significa coisa alguma. A base da construção do saber matemático precisa ser construída levando-se em conta três capacidades: ARGUMENTAÇÃO, ATENÇÃO e LIVRE VONTADE. A Matemática na visão holística não pode dispensar o naturalismo pedagógico como fonte inspiradora, crescente, inerente e extensível a todo campo da educação. Enquanto não se abortar a tendência viciosa implantada na construção do saber matemático desde longo tempo, que preconiza o saber nos moldes teológico: “acredito no que você ensina” ou ainda “tenho total confiança que aquilo que meu professor ensina é a mais pura expressão da verdade”. O conhecimento teológico tem uma única base: a fé. É mais fácil acreditar pura e simplesmente do que se dar o trabalho de construir o próprio conhecimento, observando, experimentando, concluindo ou seja, abstraindo, criando modelos para expressar e generalizar uma realidade – este é o caminho do conhecimento real, seguro, verdadeiro e permanente. Quantos fatos matemáticos nos têm sido transmitidos e que são esquecidos pouco tempo depois? Se a memória não estabelece vínculos com os fatos considerados concretamente, não encontra o referencial seguro para estabelecer as conexões indispensáveis no momento preciso, não consegue dar continuidade aos processos de associações indispensáveis ao encadeamento do pensar matemático. Combinando holismo com humanismo temos uma fórmula segura para encontrarmos soluções práticas e rápidas, temos como equacionarmos todos os problemas que envolvem as estruturas de ensino e de aprendizagem da Matemática. O conhecimento matemático é aberto, pois é possível a todo instante se construir modelos abstratos para as quase infinitas combinações que a vida concreta nos oferece.
Não é preciso ter uma inteligência superior para aprender fundamentos de Matemática. Mas é indiscutível que as idéias matemáticas ligadas diretamente a fatos numérico devem preceder a qualquer outra: é fundamental que a ARITMÉTICA receba um tratamento todo especial e prioritário. O conhecimento matemático pode ser construído a partir de algumas atitudes básicas:
▣ A compreensão do significado da ARITMÉTICA – é necessário que se dispense à Aritmética um tratamento diferenciado em relação a outro saber qualquer que se possa construir. Cada aluno é uma “biblioteca” que reúne um considerável ACERVO de experiências, por este motivo existem diferenças marcantes na maneira de construir conhecimento, o que resulta velocidade e resultados diversos. O que nos leva a considerar três problemas:
1- como SELECIONAR, ORGANIZAR e APRESENTAR os FATOS MATEMÁTICOS de modo que todos os estudantes, com diferentes níveis de possibilidades possam descobrir SIGNIFICAÇÃO e compreender o trabalho;
2- como usar os processos de ensino de ensino-aprendizagem, que prefiro denominar de CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO, alargando as possibilidades de uso das tecnologias modernas colocadas à disposição dos PROFESSORES;
As atividades voltadas para a construção do conhecimento matemático devem levar em conta sua ORDEM NATURAL, que nada mais é que a ORDEM HISTÓRICA do desenvolvimento do pensamento matemático, no ato da gestação do símbolo. Eis em linhas gerais, o que chamamos de NATURALISMO PEDAGÓGICO: das observações concretas construímos os modelos abstratos ou os símbolos representativos.
A gênese do Símbolo ocorre no momento que tentamos representar a realidade através de uma forma de comunicação oral, escrita ou uma outra forma que possa ser identificada por um dos sentidos humanos e interpretada como um código de linguagem.
De certa forma buscamos inspiração em John Locke quando ele editou o seu “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” que veio a constituir as bases para o Empirismo inglês: considera ele as QUALIDADES PRIMÁRIAS como sendo o CONCRETO ou seja a realidade obtida pelos sentidos do corpo humano, que conduz à REALIDADE SUBJETIVA ou às QUALIDADES SECUNDÁRIAS. A somatória das IDÉIAS SIMPLES constitui as IDÉIAS COMPLEXAS através de um processo que ele denomina de ASSOCIAÇÃO DE IDÉIAS. Considero-o precursor do NATURALISMO EDAGÓGICO.
A Educação no Brasil
Paulo Lucas Scalli, professor de biologia da Rede ANGLO de Ensino
Professores
Os professores que respeitam seu aluno têm procurado se colocar no seu lugar, vendo mundo como ele vê, situando-se no mesmo universo de suas emoções. Muitos deles gostariam de ver também os pais se colocando no lugar dos professores, também os próprios alunos e mais ainda, as autoridades constituídas. Dificilmente um técnico da área educacional consegue ser um Secretário de Educação e muito menos um Ministro – constitui fato muito raro isto acontecer.
Algumas pessoas que ainda vivem entre nós conservam em suas lembranças fatos de uma época marcante, quando o professor detinha respeito e era remunerado satisfatoriamente. Os sobreviventes da “Era Vargas” lembram que muitos deixaram de ser juízes de direito, advogados Engenheiros, para abraçar o magistério. A professora solteira era um excelente partido, disputada por jovens casadouras , fato tido como autêntico golpe do baú.
E hoje? A realidade é bem triste: a hora-aula por vezes é mais barata que uma banana nanica. O salário não dá sequer para pagar o aluguel e a professora precisa vender bijoterias, lanjeries e até salgadinhos, na própria escola que trabalha, para, pelo menos conseguir arcar com as despesas das passagens de ônibus.
Não há como sobreviver dignamente com o minguado salário de professor. O professor hoje é quase miserável. Como ensinar se o professor não tem como aprender? Se sua formação foi precária e com o que ganha não tem como compensar lendo bons livros, comprando boas revistas, fazendo novos cursos para obter uma especialização? Um mister de revolta e desânimo se apossa do pobre coitado e não duvide que, quando morrer, em sua lápide seja escrito: “Aqui jaz um pobre debilóide que somente não foi enterrado como indigente graças a ação caridosa de alguns amigos e ex-alunos.”
Vamos deixar de choradeira. Não adianta espernear, fazer beicinho, bater o pé, gritar ou xingar o presidente ou a governador ou ainda o prefeito. Resta-nos usar o que temos a mão, a pena e o papel ... que nada! Acabei de me lembrar, ainda sobraram uns trocados, os filhos casaram e o que gasto com remédios ainda é pouco, assim posso ter um computador – comprado depois de alguns anos de trabalho extra.
INTRODUÇÃO
O retrato que fazemos da educação brasileira não é dos melhores. Temos consciência que algo urgente precisa ser feito, pois do contrário nosso país ver-se-á entregue às potências estrangeiras, numa dependência científica e tecnológica de difícil reversão.
Não tivemos a preocupação de escrever um livro didático, mesmo porque seria mais um entre muitas dezenas de outros já existentes. Também não nos situamos no contexto do modelo educacional do país e nem pretendemos introduzir um modelo anárquico. Deixamos de lado a “correção” exigida pelos parâmetros pedagógicos – também não acredito em pedagogos, pois vejo como discutível sua formação. Quem duvida disso basta visitar algumas das muitas faculdades de Pedagogia existentes e vai se surpreender com a qualidade da formação desses profissionais de ensino.
Resolvemos romper com a formalidade do ensino da Matemática, no momento que percebemos a dificuldade sempre crescente no processo ensino-aprendizagem. Os pedagogos, que fracassaram na escola quase que invariavelmente, estão aí a ditar regras e a impor modelos pedagógicos que não conhecem – a simples leitura e um estudo precário e superficial com base em fotocópias de alguns livros sugeridos pelos mestres são insuficientes. A formação do pedagogo está a exigir maior seriedade. Andam dizendo há algum tempo que as crianças não deviam saber de cor a tabuada – não só deve como precisa ir mais além: compreender a multiplicação como um fato. A Lei 5692/71, a conhecida Reforma do Ensino, que instituiu malandramente o “Conselho de Classe” que, teria sido útil se corretamente aplicado; mas, no entanto, tem servido desde então para mascarar a aprovação automática em todas as séries dos dois níveis de ensino. A partir daí em diante nosso ensino piorou significativamente, pois, nossos alunos têm sido “empurrados” série após série sem que se tenha qualquer preocupação com a qualidade e com o futuro profissional desses jovens que estão sendo enganados sistematicamente, e as autoridades certamente não perderam as verbas internacionais que seriam comprometidas com o baixo índice de aprovação de nossas escolas. E o pior aconteceu: nossos alunos já se acostumaram a não estudar e a assim mesmo serem promovidos de série sem nenhuma condição de acompanhar a seqüência de assuntos encadeados. As primeiras séries já comprometidas pela atuação desastrosa da professora das primeiras séries do Ensino Fundamental, agravam o segmento da formação do aluno: estão fadados a se tornarem debilóides. Hoje já temos “professores debilóides”, “engenheiros debilóides”, “médicos debilóides”, “advogados debilóides”, etc., uma completa geração de debilóides se instalou no país acentuando-se a dominação estrangeira, pois não é possível a existência de debilóides livres. A ordem dos advogados não demorará muito compreender a inutilidade dos exames de seleção para separar e rejeitar os debilóides ... coitados eles fazem parte da grande geração de enganados; mas com certeza são contados estatisticamente entre aqueles que conseguiram completar um curso superior.
Hoje se tornou necessário escrever um livro de Matemática para os jovens de nossas escolas públicas e privadas, como uma tentativa desesperada de livrar alguns da triste sina imposta pelos corruptos políticos que moldaram o modelo educacional gerador de debilóides.